Filmes (mais que) românticos que eu amo #1: Questão de tempo (About time)

Olá cinéfilos, apaixonados e quem mais estiver por aqui 
E se cada momento da vida viesse com uma segunda chance? Olhando por um lado seria ma-ra-vi-lho-so, né? Poderíamos voltar e fazer novamente alguma coisa que da primeira vez deu errado, evitar magoar alguém, mil e uma coisas. No entanto, olhando por outro lado, isso não seria tão legal assim. E é disso que o filme de hoje se trata. Tem viagem no tempo, mas não é ficção. Tem casais apaixonados, mas não é um romance água com açúcar. Nesse post vou contar o que está envolvido nesse filme que, segundo críticos, se tornaria um cult instantâneo e quais as lições que podemos tirar dele.

Vamos à sinopse: Tim (Domhnall Gleeson), um rapaz tímido e desajeitado que vive em uma família muito unida, dá início ao filme narrando programas habituais de seus familiares, o que por si só já começa a nos cativar. Ao completar 21 anos, seu pai lhe conta um segredo que irá mudar sua vida: os homens da família são capazes de voltar no tempo e agora Tim também passava a ter esse dom. Mesmo sem acreditar que isso é possível, Tim segue as orientações de seu pai e vê que realmente é verdade.

Foto:  Divulgação/Google

Ele começa regredindo à noite de Reveillon, que havia sido um desastre, para consertar algumas coisas e beijar uma amiga, que não havia tido coragem de beijar da primeira vez por conta da timidez. Depois, quando se apaixona por Charlotte, uma garota que passa as férias em sua casa, Tim usa seu dom pra tentar conquistá-la, mas percebe que voltar no tempo não necessariamente faria alguém se apaixonar por ele. Tiramos alguma lição disso? Sim, quer dizer que se você tentou de todas as formas possíveis e viu que a pessoa realmente não está afim de você, não adianta querer insistir mais. Vamos partir pra outra, né coleguinha? 

Foto: Divulgação/Google

Após isso, ele se muda pra Londres em busca de um emprego e de realizar seu sonho que é arranjar uma namorada. Ao ir com seu amigo à um bar onde as pessoas se encontram às escuras, Tim conhece Mary (a linda/fofa/perfeita Rachel Mc Adams). Mas a fim de ajudar um amigo, ele volta no tempo, o que acaba atrapalhando a sua própria vida. Passa a ser como se ele e Mary nunca tivessem se encontrado, então ele tem que ir à procura dela pra tentar conquistá-la mais uma vez, só que quando a encontra ela já está com outra pessoa. É interessante estabelecer um paralelo com esse acontecimento e o título do filme, o tempo e o amor. E aí entra outra lição que tiramos dele: em uma questão de tempo, seja horas ou dias, o rumo de nossa vida ou de qualquer outra pessoa pode mudar completamente, como no caso de Tim que se atrasou apenas alguns dias e Mary já havia conhecido outra pessoa. Então que tal agora mesmo deixar o orgulho de lado e ir atrás de quem você ama? Se deixar pra depois pode ser tarde demais.

Foto: Divulgação/Google

Ou talvez aconteça o contrário: assim como Mary não ia ter olhos pro Tim visto que estava com outro rapaz, talvez estejamos com os olhos tão fixos em alguém, tão cegos por um amor que não vale a pena ou procurando por alguém que projetamos em nossa mente, que podemos acabar deixando alguém incrível passar despercebido por nosso caminho. Alguém que, se tivesse recebido uma chance, não seria um mero passageiro, mas dessas pessoas que procuramos por toda a parte e raramente achamos, dessas que entram em nossa vida para ficar.

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A partir daí, a história começa a se desenrolar pra valer. O legal é que tanto o primeiro encontro quanto as outras cenas fogem totalmente do clichê, tornando assim nem um pouco fácil de adivinhar o que irá acontecer nas cenas seguintes. Até porque Tim pode voltar no tempo a qualquer hora pra mudar uma coisinha de nada se quiser, é imprevisível. E o humor em tais cenas vem na dosagem certa.

Foto: Divulgação/Google

Os personagens são aqueles que a gente gostaria que existissem na vida real, sabe? Um rapaz desajeitado, mas fofinho, que sonha com seu grande amor e em formar uma família. Uma moça linda, de franjinha, com um jeitinho encantador. Um sogro que é um amor de pessoa e uma sogra que, apesar de alfinetar as vezes, sempre chama pra tomar um chazinho e desfrutar de momentos prazerosos com a família. Pais que tiram tempo para os filhos, que fazem até cinema ao ar livre uma vez por semana e vão à praia pra jogar pedrinhas no mar. Entre outros familiares, doidinhos de tudo, mas que tem um lugarzinho especial e fazem a diferença, como Kit Kat (Lydia Wilson), irmã de Tim. Destaca-se muito a importância das relações familiares, do amor à família e de coisas simples que podem nos deixar extremamente felizes.

Mas, voltando à pergunta que fiz lá no início, embora pareça o máximo viajar no tempo para alterar o passado, ele faz parte de nossa história. Tim percebe que há coisas que não devem ser alteradas, que nós vamos errar, algumas coisas vão dar errado, mas que a vida, por mais imperfeita que seja, deve ser assim. E que o fato de relembrarmos as coisas que passaram e não estar ciente do que está por vir é o que torna a vida mais interessante.

Foto: Divulgação/Tumblr

Apesar de ser uma trama fantasiosa, o diretor aborda a viagem no tempo não como em muitos filmes de ficção o deixando como o foco do filme, mas sim como um detalhe, mostrando como seria uma pessoa comum com esse tipo de "super poder", digamos assim. Além da história em si, vale a pena assistir pelos cenários lindíssimos e a trilha sonora fantástica, com The Killers, The Cure, entre outros grandes nomes. É um filme acolhedor, cativante e que ao terminar nos deixa suspirando por dias. Traz uma mensagem filosófica tocante, nos fazendo refletir nos erros que cometemos e no que está ao nosso alcance mudar (mesmo que não tenhamos o dom de voltar no tempo). Além disso, nos apresenta um amor profundo, sem aquela melação que cansa a beleza de qualquer um, mas como algo transformador e mostra que a felicidade se encontra em viver os dias com leveza e nas pequenas coisas da vida.

Foto: Divulgação/Tumblr

Sem nem pensar duas vezes, 5 estrelinhas!

Peguem os lencinhos e corram pra assistir!  TRAILER AQUI 
Pra alegria de todos, ele está disponível na Netflix com o nome em inglês, 'About Time'. Mas se você já assistiu, deixe um comentário aqui contando o que achou e/ou o que aprendeu com ele. Em breve volto com a Rachel sendo novamente a esposa de um viajante do tempo, ok? *ops!*
Aguardem os próximos posts, beijos